LIDERANÇA: como desenvolver uma equipe para alta performance
LIDERANÇA | O que faz a diferença em uma organização, seja ela de qualquer atividade, tamanho, localidade, etc? A resposta é simples e direta: as pessoas! Não há organização sem pessoas!
Ao mesmo tempo o que há de mais complexo em uma organização? Gerenciar pessoas! É comum as empresas investirem em marketing, tecnologia, logística, estrutura física e tudo mais. Porém, quando se fala da importância em investir no desenvolvimento das pessoas, muitas organizações, principalmente as de menor porte, tendem a deixar para depois ou nem investir. Muitas acreditam que investir no desenvolvimento dos profissionais é perda de dinheiro, pois as pessoas podem sair e, assim, perdem o investimento feito.
“Ao lidar com pessoas, lembre-se de que você não está lidando com seres lógicos, e sim com seres emocionais” Dale Carnegie
A seguir conto uma breve história que traz uma ótima reflexão sobre isso:
O responsável por uma determinada área da empresa chegou para o diretor e foi reclamando dos custos envolvidos no plano de desenvolvimento de sua equipe:
– Senhor, e se investirmos com treinamento e desenvolvimento destes profissionais e eles saírem da empresa daqui algum tempo? Perderemos todo investimento e eles irão reforçar a concorrência…
Ao que o experiente diretor respondeu:
– Meu caro, e se não investirmos com treinamento e desenvolvimento destes profissionais e eles permanecerem na empresa? Qual o custo do despreparo técnico e comportamental que estas pessoas trarão para a empresa?
O maior guru de administração, Peter Drucker, disse: “O fato de uma pessoa não apresentar um bom desempenho na função em que foi colocada, não significa que ela seja um mau profissional que a empresa deva demitir. Isso significa que ela está na função errada”. Eu, modestamente, acrescentaria que não é apenas colocar a pessoa na função correta, mas prepara-la técnica e, principalmente, comportamentalmente para exercer sua função de forma eficaz.
Claro que de nada adianta aplicar treinamentos e programas de desenvolvimento profissional de forma desorganizada. É perda de dinheiro, tempo, recursos e desmotiva a equipe. Antes de tudo é preciso ter um planejamento. Para isso é importante contar com um profissional qualificado e experiente na equipe ou um consultor externo também qualificado e experiente nesta atividade. O maior custo começa com erros de planejamento.
Para isso, o ideal é que a organização crie um programa integrado, onde atenda as diferentes demandas e características da equipe. Não adianta colocar todo mundo numa sala de treinamento e falar de motivação, por exemplo. Ou simplesmente aplicar uma palestra de vendas para uma equipe experiente e acomodada. O resultado será ineficaz. É preciso mais do que isso.
Um bom planejamento de desenvolvimento profissional para elevar a performance da equipe deve atender algumas etapas fundamentais, que são:
- Fazer um diagnóstico da situação atual, ou seja, um levantamento – que pode até ser simples – sobre o perfil dos funcionários. Por exemplo, uma pesquisa para saber quais áreas apresentam alguma deficiência técnica/comportamental. Se há reclamações de clientes. Se há descontentamento em alguma área da empresa. Se há problemas de relacionamento interno. Se há erros de execução, ou aumento da rotatividade, ou ausências frequentes no trabalho. Estes são alguns indicadores de que algo não está indo bem e precisa ser melhorado. Porém, reforço que não é recomendado sair fazendo este levantamento se não há alguém com experiência nesta atividade. É melhor contratar um profissional especializado e que irá inclusive apontar soluções e ações.
- Depois deste diagnóstico é preciso preparar um cronograma para contemplar a continuidade de ações, visto que atividades pontuais terão resultados também pontuais. Quando se trata de comportamento humano, só há mudança efetiva com programas contínuos e estruturados. Por isso, não adianta realizar uma palestra de alto impacto por ano, por exemplo. Por melhor que seja o profissional que irá ministrar a palestra, seu efeito será momentâneo. Haverá a sensação que o custo será elevado, mas lembre-se da história que mencionei acima da importância do investimento nas pessoas. Vai que elas permanecem…
- Executar o plano é, talvez, a tarefa mais simples, só que não! Já vivenciei algumas situações de empresas que contrataram um projeto de desenvolvimento profissional de médio-longo prazo e durante sua execução simplesmente pararam, desistiram. O resultado é muito pior, pois gera falta de credibilidade perante os funcionários, perda do investimento realizado, cultura de instabilidade e insegurança, perda da produtividade, entre outros fatores negativos para a moral da equipe e finanças da organização. Reveja sempre o cronograma e aposte no que aponto no próximo item.
- Por último é fundamental fazer avaliações periódicas do processo. Readequar os custos de execução, metodologia, conteúdo, periodicidade e outros itens podem ser necessários, mas cuidado para não interromper repentinamente, como já foi citado. Muitas empresas falham em não ter métricas e acompanhamento do processo. Por isso a primeira etapa acima descrita (diagnóstico) é fundamental. Afinal, como sinalizou Lewis Carrol na conversa de Alice com o Gato que ri, no clássico Alice no país das maravilhas: “Você poderia me dizer, por favor, qual caminho eu devo seguir? Isso depende muito de onde você deseja chegar”. Para se alcançar algum objetivo e analisar seu progresso, é preciso saber primeiro onde estamos.
LIDERANÇA EFICAZ – O DIFERENCIAL DAS EMPRESAS DE SUCESSO
Chegamos aqui e você deve estar se perguntando: por onde começo? Afinal meu orçamento é limitado e preciso de um foco. Ou ainda: tenho alguns gargalos para corrigir ou melhorar e preciso definir qual a prioridade. Sabemos que cada vez mais a otimização de recursos é necessária e todo investimento deve ser muito bem planejado. Não adianta ter uma loja, escola, empresa, escritório, academia ou qualquer local de trabalho maravilhosamente lindo e pessoas rudes no balcão, no atendimento, no tratamento direto ao cliente. Pior é que isso acontece com frequência.
As empresas investem pesado em marketing para atrair os clientes e fazer eles comprarem mais. Disponibilizam diversos canais de atendimento para facilitar a vida do consumidor e assim por diante. Entretanto, quando o cliente chega no estabelecimento ou tem algum problema a resolver, ele quer lidar com pessoas atenciosas, gentis, que sabem sobre o que estão vendendo. Não é?
Diante disso muitos irão responder que você deve começar treinando / aprimorando sua equipe de vendas ou atendimento ao cliente. É uma área fundamental, sem dúvida. Porém, quem é (ou são) o principal responsável pelo sucesso da empresa? Por fazer a empresa crescer? Por fazer a organização alcançar suas metas? Por cuidar do ativo mais importante de toda organização que são as pessoas? A resposta é direta e reta: O GESTOR!
Quando escrevo GESTOR estou me referindo a todos que ocupam atividade de liderança. Então, pode ser o presidente, o dono, o gerente, o diretor, o chefe, o supervisor, o profissional liberal (médico, advogado, dentista, professor, etc). Não importa o título que sua empresa confere, mas a posição que esta pessoa assume perante os demais.
“Administração é fazer as coisas direito. Liderança é fazer as coisas certas” Peter Drucker
Quando os gestores de uma organização são eficazes, ou seja, fazem as coisas certas, as pessoas da equipe sentem-se motivadas, produtivas e capacitadas. Um gestor técnica e comportamentalmente preparado saber desenvolver sua equipe, sabe cobrar resultados, sabe dar e receber feedback, sabe lidar com os imprevistos de forma mais emocionalmente inteligente, consegue elevar a performance da equipe.
Por isso, o maior desafio das organizações modernas é desenvolver seu quadro de gestores. Em minha experiência como consultor e palestrante já ministrei diversas palestras e treinamentos sobre liderança, além de mentoria individual com profissionais dos mais variados perfis e experiências.
Os programas tradicionais de treinamento de liderança ainda são importantes e tem seus resultados efetivos, mas já sabemos que é necessário integrar novas metodologias e tecnologias ao aprendizado. Afinal, aquilo que aprendemos muda periodicamente e a sociedade também está em constante mudança. Há novos hábitos e formas de se relacionar, fora e dentro das organizações. Aquele gestor que ainda acredita na imposição de suas ideias, cada vez tem menos chance de sucesso perante sua equipe. O outro que centraliza as informações também está com os dias contados. As pessoas querem participar. Querem ser ouvidas e valorizadas. Querem receber e dar feedback. Querem um ambiente onde se sintam importantes, reconhecidas e com abertura para expor suas ideias. Você está preparado para isso?
Assim, o que realmente faz a diferença é um programa integrado de treinamento com conteúdos fundamentais sobre liderança, mais mentoria individual. Na parte do treinamento sobre liderança destaco como fundamentais os seguintes conteúdos: comunicação assertiva (incluindo feedback), inteligência emocional (incluindo autoconhecimento, relacionamento interpessoal, gestão de conflitos e empatia), técnicas de gerenciamento (incluindo o dia a dia da gestão de pessoas) e comportamento organizacional, entre outros. A mentoria em liderança contempla uma série de atividades que não apenas o contato direto com seu mentor para troca de informações e experiências. Sobretudo a integração de atividades complementares é que torna a mentoria realmente efetiva, como, por exemplo, indicação de leituras e filmes especializados, exercícios específicos de autoconhecimento e autodesenvolvimento, estratégias de planejamento de vida e carreira, gerenciamento do tempo e das atividades para elevar a própria produtividade e da equipe, dicas de marketing pessoal, relacionamento interpessoal e de gerenciamento de conflitos, entre outros.
Um dos maiores líderes modernos, Jack Welch, que revolucionou o modo de liderar, nos ensina que “O mundo pertencerá a líderes resolutos e movidos pela emoção […], a quem não apenas possui grandes reservas de energia, mas também for capaz de energizar seus liderados.”
Atualmente utiliza-se o conceito de competências para designar o conjunto de características fundamentais (técnicas e comportamentais) para o exercício de qualquer função em uma organização. Quanto mais estratégica a atividade exercida, como a liderança, maior a necessidade de competências ditas comportamentais e gerenciais. Assim, podemos destacar que para ser um gestor eficaz é necessário estar atento e aprimorar estas competências básicas da liderança:
Competência técnica – conhecimento e atualização deste aprendizado no negócio em que se atua, ou seja, conhecer amplamente a área em que atua;
Competência comportamental – facilidade em relacionar-se com pessoas, situações de trabalho, consequentemente contribuindo para a eficácia organizacional, ou seja, saber lidar com conflitos, motivar, comunicar e desenvolver pessoas;
Competência gerencial – empregar com desenvoltura, técnicas modernas para planejar, organizar, delegar e controlar, ou seja, agir como um administrador, mesmo que sua formação não seja nesta área.
Para finalizar trago uma reflexão importante de um dos maiores especialistas em desenvolvimento de liderança, o americano John C. Maxwell, que nos mostra quanto é importante e complexo aprimorar o papel de liderança em nossas vidas, seja para comandar pessoas nas organizações, ou mesmo para a vida pessoal:
“Para ser sincero, liderança não é uma coisa fácil de ser aprendida, mas por que vale tanto a pena? Afinal, ainda que se tornar um líder melhor gere benefícios, também exige grande esforço. A liderança requer muito das pessoas que desejam desenvolvê-la. É exigente e complexa. Entenda o que estou querendo dizer: liderança é a disposição de assumir riscos; liderança é o desejo apaixonado de fazer diferença; liderança é se sentir incomodado com a realidade; liderança é assumir responsabilidades enquanto outros inventam justificativas; liderança é enxergar as possibilidades de uma situação enquanto outros só conseguem ver as dificuldades; liderança é inspirar outras pessoas com uma visão clara da contribuição que elas podem oferecer; liderança é o poder de potencializar muitas vidas.”
Então, vamos investir no desenvolvimento das lideranças de sua organização e elevar a performance das equipes? Rumo ao topo e ao Sucesso!
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